Tuesday, December 2, 2008

Nem Rivaldinho, nem Riva.

Rivaldo foi um gênio da bola.

Não virou Rei feito Pelé, nem religião tal como Maradona.

Rivaldo foi um mito no estilo de jogar.

Sem o folclore que fez de Ademir, Divino. Sem a classe de Platini ou os ternos de linho de Kaká.

Rivaldo foi craque sem apelido. Sem ser Galinho ou Mané.

Rivaldo fez gols dignos de nome de estádio.

Mas não remete a uma nação como Puskas, Eusébio ou Cruyff.

Rivaldo não será embaixador da Unicef. Porque Rivaldo não foi fenômeno.

Rivaldo não será organizador de Copa do Mundo. Não tem sobrenome famoso.

Rivaldo não jogará futebol numa jaula, nem tentará acertar a trave em chutes-comerciais.

Rivaldo não será capa de videogame. Nem peça de museu de cera.

Rivaldo é Rivaldo.

Assim.

Com sotaque pernambucano no lugar das gravatas e bermudas de pano ao invés das correntes de prata.

Desfilando com a sensibilidade de uma perna esquerda inconfundível.

E habilidade rara.

Rara feito seu nome.

Nem Rivaldinho, nem Riva.

Rivaldo.

2 comments:

Leandro Iamin said...

Me lembro de chorar e colocar no meu diário da Copa, em 2002, qdo tinah 17 anos: Esse cara queria tirar a mãe daquela casa pobre. "filho, daqui não saio, foi aqui que te criei, foi aqui que teu pai morreu, não posso sair daqui nunca". Então, Rivaldo mandou asfaltar todo o bairro. Todo, o, bairro. Essa é apenas uma das muitas histórias que se contam por aí, mas não viram famosas mundialmente: pq a mídia nunca quis, nem ele nunca fez questão.

Greek said...

Na grécia aonde jogou 3 anos (2 no Olympiacos e 1 no AEK) era chamado de Ribo.


abraço,
Stelios the Greek
http://olympiacosfc.blogspot.com