Tuesday, December 2, 2008

Nem Rivaldinho, nem Riva.

Rivaldo foi um gênio da bola.

Não virou Rei feito Pelé, nem religião tal como Maradona.

Rivaldo foi um mito no estilo de jogar.

Sem o folclore que fez de Ademir, Divino. Sem a classe de Platini ou os ternos de linho de Kaká.

Rivaldo foi craque sem apelido. Sem ser Galinho ou Mané.

Rivaldo fez gols dignos de nome de estádio.

Mas não remete a uma nação como Puskas, Eusébio ou Cruyff.

Rivaldo não será embaixador da Unicef. Porque Rivaldo não foi fenômeno.

Rivaldo não será organizador de Copa do Mundo. Não tem sobrenome famoso.

Rivaldo não jogará futebol numa jaula, nem tentará acertar a trave em chutes-comerciais.

Rivaldo não será capa de videogame. Nem peça de museu de cera.

Rivaldo é Rivaldo.

Assim.

Com sotaque pernambucano no lugar das gravatas e bermudas de pano ao invés das correntes de prata.

Desfilando com a sensibilidade de uma perna esquerda inconfundível.

E habilidade rara.

Rara feito seu nome.

Nem Rivaldinho, nem Riva.

Rivaldo.

Monday, December 1, 2008

Os pontos que correm à justiça

A maior defesa dos pontos corridos é a justiça.

Eu discordo.

Acho justo os melhores times se enfrentarem numa partida decisiva. Porque não acho justo um time com incentivos externos decidir o campeonato.

Sem essa que 'todos os jogos valem três pontos'.

Se o mundo formar uma mala branca do tamanho de Goiânia e o Goiás ganhar, será justo com o São Paulo?

Não acho justas as diferentes motivações. O Vitória comeu a bola contra o Grêmio, praticamente os tirou do título. Mas o mesmo Vitória foi morno contra o Palmeiras. O Goiás pode ter tirado o Fla da Libertadores. E pode dar o título ao Grêmio.

E sem essa que 'o título é decidido desde o primeiro jogo'.

O título de São Paulo ou Grêmio pode estar nos pé$ (ou no bolso) de Paulo Baier, de Iarley.

Eu não acho justo.

Assim como não acho justo o América-RN vencer o time C do Corinthians e escapar do rebaixamento, jogando o Marília pra Terceira Divisão.

Thursday, November 27, 2008

Melhores do Brasileirão

Minha Seleção é:

Victor; Vitor, Fábio Luciano, Miranda e Juan; Hernanes, Ramires, Rafael Carioca e Alex; Kléber e Keirrison.

Queria de algum jeito que coubesse o Pierre, o Thiago Silva e o Kléber Pereira.
Nilmar, Guinazu e D´Alessandro acabaram jogando mais a Sul-Americana.

A revelação é Keirrison, mas vale atenção para Jean.

Queria ter visto mais o Marquinhos, do Vitória, que dizem ser bom. Gosto do Jorge Wagner e do Guilherme também.

Agora, em relação à lista da CBF, parei de ler nos laterais-direitos:

Élder Granja é um dos finalistas.

Tá certo que a posição é a eterna carência, desde que Pimentel vencia Bolas de Prata, mas Granja? Que conseguiu perder a posição pro fraco Marquinhos Capixaba? NÃO, não viram o campeonato ou eu que não enxergo as laterais do Palestra. Costumo ficar atrás do gol.

Thursday, November 20, 2008

Agradecimento

Qualquer time do mundo que for para cima, fora de casa, de um time formado por

Luis Fabiano
Robinho - Kaká
Anderson - Elano
levará gols, muitos gols.
"Obrigado, obrigado pátria-irmã", disse um dos anões.

Tuesday, November 18, 2008

Tabela do Paulistão e Corinthians

A Federação manteve a fórmula do Paulistão, pela qual sou a favor, por dois motivos: primeiro porque pontos corridos com um só turno é uma tremenda falta de coerência (já que, se não há final, não tem sentido você não receber seu concorrente direto ao título na sua casa, e apenas visitá-lo); segundo porque o Estadual é o campeonato que faz valer a segunda-feira, é o campeonato que reserva os clássicos no melhor sentido da palavra, valendo a força maior do Estado, e, por isso, acho que Paulistão sem final de domingo a tarde não é Paulistão.

Agora, a tabela.

A Federação tem uma tremenda dificuldade em arrumar a tabela com a maior justiça e equilíbrio possível. O critério dos mandos nos clássicos foi pela classificação no torneio passado, então Palmeiras e São Paulo jogam dois como mandantes e saem em um (piada: Palmeiras x Corinthians não tem condições de ser no Palestra Itália, então o Palmeiras só escolhe o estádio, se não for mando da Federação).

O que me chamou a atenção para 2009 é a tabela do Corinthians:

- Nos sete primeiros jogos do Paulistão, o Corinthians joga cinco em casa (Barueri, Botafogo, Oeste, Portuguesa e Mogi Mirim) e sai em dois (Bragantino e Paulista).

- O Corinthians ficou como visitante em dois clássicos. Mas veja só, recebe o Santos. Então, o único clássico realmente como torcida visitante, que seria na Vila, não será. O certo então seria o quê? São Paulo e Palmeiras 'receberem' o Corinthians, onde for, cedendo apenas 10% da carga de ingressos para a torcida corintiana. Ou então que todos os clássicos tenham as arquibancadas dividias meio a meio.

Não tem sentido. O Palmeiras recebe o Santos com o Palestra tomado de palmeirenses e 10% de santistas. E aí quando é mandante contra o Corinthians, tem que divir meio a meio? E então quando o Corinthians recebe o Santos, dá 10% do Pacaembu?

Sou a favor de usar o mesmo critério, simples. Ou todos os clássicos envolvendo os quatro grandes são disputados em estádios com condições de se dividir a torcida ao meio, com 50% para cada clube, ou então se joga REALMENTE em casa, não com uma regra para cada estádio.

Por essas, o Corinthians, pela tabela, é o favorito pra vencer o Paulistão 2009.

E ainda: não teve stress no segundo semestre, montou uma base, não estará na Libertadores (o São Paulo estará, e, se o Palmeiras estiver, melhor para o Timão), e o Santos terá de reformar o time após um Brasileirão de médio para ruim.

É claro, sem menosprezar as forças do Interior. Que SEMPRE surgem.

Obs.: Deixando claro que não é nenhuma intenção de achar que há um beneficiado por qualquer motivo. Mas simplesmente mostrar que a organização não tem sido competente, e toda temporada acaba deixando um desequilíbrio desses na tabela.

Monday, November 17, 2008

Minha esperança não é verde

Eu não confio em Vanderlei Luxemburgo.

Eu não confio nas torcidas organizadas.

Eu não sei se Luxemburgoe pode escorregar no chão molhado da geladeira que descongela em casa e falar que foi uma voadora de um palmeirense, para criar um atrito político, social, que chegue às eleições, ao setor financeiro, à direção de futebol.

Eu não sei se a Mancha Verde pode distribuir pontapés numa área pública e falar que foi só cobrar verbalmente um profissional do time que ama (que jeito de amar, hein?), para mostrar a força e o tamanho que tem perante à entidade.

Eu não confio neles.

Por consequência, passo a não confiar no meu próprio clube de coração?

Meu amor e minha esperança que eram verdes, azedaram feito o uniforme de cor limão.

A saída?

Acabe Campeonato Brasileiro.

Que o Ipatinga não repita Copa do Brasil 2007 e nos tire da Libertadores no Palestra.
Que o Vitória não repita o Barradão-2002 e não nos rebaixe novamente.
E que o jogo contra o Botafogo seja de festa, como foi em 2003, no jogo do acesso. Mesmo que a alegria efêmera tape as mazelas que circulam no vão do Jardim Suspenso do Palestra Itália.

Thursday, November 13, 2008

Os meninos de 26 anos

Dizem que a idade em que o jogador enquanto atleta encontra seu auge físico é 26 anos:

idade que tinha Pelé na Copa da Inglaterra, em 1966, quando vinha de uma sequência incrível de títulos pelo Santos, mas acabou caçado pelo bom time português e adiou o sonho do tri; 26 anos de Paulo Rossi em 1982, quando acabou com o sonho do Brasil na Copa da Espanha, marcando três gols no Sarriá; as mesmas 26 primaveras de Diego Armando Maradona em 1986, com título Mundial na Copa do México, gol de mão, driblando meio time e tal; exatamente os tais 26 anos de Zinedine Zidane em 98, quando em casa deu o primeiro e único Campeonato Mundial aos franceses; e os 26 carnavais de Ronaldo, então Fenômeno, em 2002, recuperado de lesão para marcar oito gols em sete jogos e levar o Mundial do Japão para o Brasil.

Mas o que tem acontecido com os meninos brasileiros de 26 anos?

Ronaldo depois de 2002 entrou num gradativo abandonar de carreira. Marcou gols, muitos, pelo Real Madrid, mas foi fora do peso para o Mundial de 2006, seguiu para o Milan, mais lesões, problemas de peso. Hoje, sem clube.

Falando em 2006, Copa da Alemanha, olhos para Ronaldinho Gaúcho. Idade? 26 anos.

Ronaldinho não jogou absolutamente NADA no Mundial, saiu como vilão do Barcelona e, aos 28 anos, é tratado como um semi-ex-jogador que tenta recuperar a carreira, entre mais jogos frustrantes na Seleção e falta de condicionamento físico no Milan.

Chegamos a 2008 e lá está ele: Adriano. Anota aí, vinte e seis anos. Adriano volta ao Brasil e marca muitos gols no São Paulo, mostrando que está de volta ao cenário internacional. Volta à Seleção, gols. E aí se atrasa, discute com Mourinho e não é relacionado aos jogos da Inter de Milão nas últimas quatro rodadas. Pode estar numa lista de dispensas para janeiro.

Kaká foi melhor do mundo em 2007, e, em 2008, aos 26, uma temporada discreta. Lesão, participação nula na Seleção Brasileira e menos arrancadas em Milão.

Resta saber se a idade do auge tem se tornado complicação para os tão jovens quanto talentosos brasileiros. Robinho, o próximo da lista, completa 26 em 2010, quando pode ser um dos líderes do time na Copa da África do Sul. Não foi unanimidade no Real Madrid e busca espaço no futebol inglês, no ainda discreto Manchester City. Onde estará daqui duas temporadas?

Nota: começo a planejar meu futuro. Com vinte anos, completo os tais vinte seis em 2014. Centenário do Palmeiras, Copa do Mundo no Brasil. Ah, que tenha no mínimo sorte...